segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Call Of Duty Black Ops : Impressão Geral

                                   

Call of Duty: Black Ops tem a mesma pegada cinematográfica que já é conhecida dos outros jogos da série, mas não é nada exagerado. O jogador ainda precisa apertar um ou outro botão em determinada hora para se livrar de um ataque ou fugir de uma explosão, mas tudo isso aparece de forma muito sutil, sem quebrar em nada a ação. A campanha é muito, mas muito agradável de se jogar. São 15 missões (algumas bem curtas, é verdade), mas nenhuma se torna repetitiva: Nada de voltar para buscar alguma coisa que ficou pelo caminho, ou desvendar alguma combinação mirabolante para abrir portas. É tiroteio clássico, no estilo "atire primeiro e pergunte depois".

Quando parece que essa fórmula vai cansar, o game dá um jeito de surpreender. Em uma das últimas missões, por exemplo, o jogador controla um grupo de soldados (no estilo "aponte e clique" de jogos de estratégia mesmo) de longe, em um avião, usando óculos de visão noturna. Ordene que o grupo entre em uma casa e a perspectiva muda para a primeira pessoa de um dos soldados. Em outra, é preciso de infiltrar em uma área inimiga sem ser percebido, como faria um Solid Snake ou um Sam Fischer. Na maioria delas, o negócio é meter bala, de preferência na cabeça. O espetáculo é garantido por armas como a shotgun, o lança chamas e o lança-granadas, que despedaçam os membros dos inimigos de forma bem sangrenta. Dá até nojo de chegar perto e ver as pernas e mãos decepadas. São detalhes, é verdade, mas depois de passar por poucas e boas acabando com todo mundo, a sensação que fica ao terminar o jogo é de que a Treyarch não poderia mesmo ter feito melhor.

Se há um contra, é a forma como a história é contada. O game se passa na década de 1960, durante a Guerra Fria (aquele período de tensão entre Estados Unidos e União Soviética, mas que nunca se tornou um conflito armado) e a trama gira em torno de Alex Mason, agente do SOG, unidade especial dos EUA que investiga a arma química soviética Nova 6. A partir daí, são muitos detalhes, traições, nomes e lugares diferentes. A recomendação é ligar as legendas e tentar prestar atenção nos detalhes para não se perder, e mesmo assim muita coisa só será esclarecida após terminar o jogo por uma segunda ou terceira vez.

De resto, muitas frases de efeito e aquele falatório durante as missões que nós já conhemos de outros jogos de tiro mais recentes. Mas é tudo em prol da ambientação, que não necessariamente preza pelo realismo: são sequência de perseguição, fuga e invasões a bases inimigas que ficariam bem em um filme de guerra dos anos 1990 (e não numa guerra de verdade), mas tudo ajudado pelos excelentes gráficos que rodam, na maioria do tempo, a suaves 60 quadros por segundo, com movimentação rápida, coisa arcade mesmo. Os efeitos de luz e sombra são os maiores destaques e talvez estejam entre os mais bonitos desta geração.

O modo multiplayer, sempre completo, agrada com todo aquele esquema conhecido de subir de nível e liberar novas armas e itens. Aquela velha fórmula que continua dando certo, mas poderia ser melhor aproveitada se os jogadores pudessem ganhar experiência jogando também offline. Esta característica existe na série Halo, por exemplo, e deixa o jogo mais amigável, premiando quem manda bem também na campanha e nos outros modos offline (o Zombie, no caso de Black Ops; detalhes sobre ele logo abaixo). De qualquer forma, há diversão para todos os gostos, com inúmeras opções de armas e itens para serem destravados e catorze mapas bem variados, baseados nas locações da campanha.

Para completar o pacote de diversão garantida, há o modo Zombies, que leva os personagens principais do jogo a cenários com uma infestação de zumbis. Conforme acumula pontos matando os motrtos-vivos, o jogador pode adquirir novas armas, munições e vidas. É bem divertido e ainda funciona no modo cooperativo para até quatro jogadores.

Call of Duty: Black Ops tem tudo no lugar. A Treyarch provou que pode fazer um CoD do mesmo nível dos da Infinity Ward. Não inova, é verdade, mas é uma aventura espetacular, imperdível e divertido pacas, com destaque para o modo veteran da campanha (onde os checkpoints serão seus maiores aliados...). De quebra, o bem feito modo multiplayer ainda vai render uns bons meses de jogatina.

Um comentário:

vini disse...

bem lega esse blog mas seria melhor se fossem videos

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